A declaração do Papa Francisco a favor da união civil entre homossexuais, trazida em um documentário lançado na última quarta-feira (21/10), despertou diversas discussões sobre a formação de famílias cujo núcleo é constituído por casais homoafetivos.
Após o reconhecimento da união estável de pessoas de mesmo sexo pelo Supremo Tribunal Federal, em 2011, houve importante aumento de registro de casais homoafetivos, e, consequentemente, o desejo de constituir uma família.
Com base nas normas do Conselho Federal de Medicina (CFM), atualizada em 2017 é possível a gestação em casais homoafetivos femininos utilizando-se sêmen de doador, óvulo de uma e útero da outra parceira. Está previsto, também, um casal de homens ter filhos com material genético de um deles em um útero de substituição e óvulo doado.
Na Life Search- clínica especializada em reprodução humana, que está localizada dentro do Hospital Lifecenter, os especialistas sempre foram acionados pelos casais homoafetivos sobre o sonho de terem filhos.
De acordo com Dra. Ines Katerina, atualmente, existem diversas técnicas de reprodução assistida que conferem, independentemente do sexo dos casais, a possibilidade de se tornarem pais e mães.
Como ocorre o tratamento entre os casais:
Casais do sexo feminino– caso não haja problemas de fertilidade, podemos realizar duas técnicas. A primeira opção é a inseminação intrauterina, quando o sêmen de doador anônimo é tratado e são selecionados os espermatozoides de melhor qualidade para serem depositados diretamente no útero da mulher, facilitando a fecundação. Porém nesse caso o útero e óvulo são da mesma mulher. Outra opção é a gestação compartilhada, em que se utiliza o óvulo de uma das parcerias e o útero de outra. Nesse caso, o espermatozoide utilizado para a fecundação também é de um doador anônimo.
Entretanto, a escolha da melhor opção vai depender da vontade do casal, e das condições clinica de cada uma das parceiras, e deve ser discutido amplamente com o seu médico especialista.
Casais de sexo masculino– somente a fertilização in vitro é possível. É utilizado um óvulo proveniente de uma doadora anônima, que será fecundado com o espermatozoide de um dos dois parceiros. O embrião gerado deve ir para o útero de alguma mulher que esteja disposta a passar pela gestação e que possua parentesco de até quatro grau com algum membro do casal, e que tenha condições médicas de engravidar.
Regulamentado pelo CFM- segundo a especialista, todo este processo é regulado pelo Conselho Federal de Medicina, havendo regras estritas a serem cumpridas, sendo que a última atualização da norma foi feita em 2017 ((Resolução CFM 2168/2017),
Paternidade- em relação à paternidade, a Dra. Ines Katerina ressalta que existe um aparato jurídico no qual se permite o registro do casal como pais legais da criança, sendo o procedimento completamente legal e seguro.
Sobre a fonte
Dra. Ines Katerina Damasceno Cavallo Cruzeiro é PhD em reprodução assistida e diretora técnica da Clínica Lifesearch.
A LifeSearch possui infraestrutura completa, localiza-se no Centro Clínico Avançado Lifecenter, em Belo Horizonte, Minas Gerais.
Possui equipamentos e técnicas avançadas para tratamento personalizado e individualizado, cuidando do presente e do futuro dos pacientes, garantindo, antes de tudo, assistência à vida e à família, com o intuito de consolidar-se como uma marca reconhecida pelo alto grau de satisfação de seus clientes.