Com a fertilização in vitro (FIV) as chances de ter filhos gêmeos aumentam. Isso porque, durante a FIV, mais de um embrião pode ser colocado no útero da mulher, e quanto maior for esse número, maior é a probabilidade de ter uma gestação gemelar.
No Brasil, estima-se que a cada mil nascimentos, três sejam de gêmeos univitelinos (idênticos) e 10 de bivitelinos. Entre esses casos, a incidência da gravidez gemelar de modo natural (sem a utilização de técnicas de fertilização) é menor do que a incidência de casos pela FIV. Segundo especialistas, quando se utilizam as técnicas de reprodução assistida, as chances de ter uma gestação múltipla atingem cerca de 15%.
No entanto, é importante esclarecer que, durante a fertilização in vitro, existe um limite de embriões que podem ser transferidos para o útero, dependendo da idade da mulher. De acordo com a Resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), mulheres de até 35 anos podem receber até dois embriões, mulheres de 36 a 40 anos, três embriões, e acima dos 40 anos, quatro embriões, no máximo.
Gestão gemelar de modo natural
As chances de ter filhos gêmeos são muito maiores em mulheres:
- Com histórico de gravidez gemelar na família;
- Com mais de 35 anos;
- Que engravidaram logo após parar de tomar a pílula anticoncepcional;
Em relação às mulheres negras e com histórico de gestação gemelar na família, fatores genéticos e hereditários fazem com que a mulher tenha a tendência a liberar dois ou mais óvulos no mesmo ciclo menstrual. Já as mulheres com mais de 35 anos, tendem a liberar mais de um óvulo maduro, porque a função ovariana diminui e o organismo produz uma quantidade maior do hormônio FSH (folículo estimulante). No caso das mulheres que pararam de tomar anticoncepcional, as chances de engravidar de gêmeos aumentam, no primeiro mês sem a pílula, também por causa da maior liberação do hormônio FSH, durante esse período.
Os riscos da gravidez de gêmeos
Como a gravidez múltipla envolve o desenvolvimento de dois ou mais fetos na cavidade uterina da mulher, existe um risco maior dos bebês nascerem prematuros, ou seja, antes de 37 semanas de gestação. Mas, com o devido acompanhamento médico e atenção rígida às recomendações, a gravidez pode ser tão segura e eficaz, quanto a de um único bebê.