As mulheres têm optado por ter filhos cada vez mais tarde, seja por razões financeiras ou profissionais, por exemplo. Mas sabemos que a fertilidade feminina não dura para sempre, com a menopausa marcando o fim dos ciclos férteis. Vale esclarecer que a mulher já nasce com uma reserva ovariana (entre um e dois milhões de óvulos). Quando ocorre a primeira menstruação, esse número é de cerca de 400 mil.
Com o passar dos anos, a quantidade e qualidade desses óvulos vai diminuindo, até a chegada da menopausa, quando a mulher de fato para de liberar óvulos, ou seja, quando acaba a sua reserva. Isso acontece, geralmente, entre os 48 e os 51 anos. Diante desse cenário, uma dúvida é muito comum: é possível engravidar após a menopausa? Sim!
Desde que não haja problemas de saúde que contraindiquem a gravidez, pode-se recorrer à fertilização in vitro (FIV) com óvulos doados. Nesse processo, os espermatozoides do parceiro são coletados e os óvulos são doados por uma outra mulher. De acordo com o Conselho Federal de Medicina, o tratamento deve ser feito até os 50 anos de idade, com óvulo de uma doadora anônima. A escolha é feita considerando as características físicas da doadora e da receptora (para que o gameta com características mais semelhantes seja escolhido).
Antes da fertilização, a futura mamãe precisará tomar medicações a fim de preparar o útero para receber o embrião. Isso é muito importante para diminuir os riscos de um aborto espontâneo. Depois de todas essas etapas, a fecundação acontece em laboratório. O embrião é colocado no útero entre o 2º e o 5º dia de desenvolvimento. Daí em diante a gravidez ocorre normalmente.
Com os avanços da medicina reprodutiva, as mulheres ganharam mais autonomia para escolher a hora de ter filhos. Com isso, é possível engravidar mesmo depois da menopausa. É a tecnologia e a ciência em favor da geração de novas vidas.