Causas da infertilidade

As chances de um casal engravidar a cada mês, mantendo relações sexuais constantes sem usar contraceptivos, é de 15% a 20%. Após um ano de tentativas naturais, as chances podem chegar a 85%. Por isso, só após esse período, deve se começar a pensar em infertilidade. Apesar da fertilização in vitro ser uma das técnicas mais conhecidas e utilizadas nos tratamentos de reprodução assistida, existem várias outras que podem ajudar na hora de conceber um bebê, entre elas a indução de ovulação, inseminação intrauterina e cirurgias. Conheça essas e outras técnicas aqui em nosso site.

Quando casais não conseguem engravidar, é comum que procurem saber sobre as possíveis causas que levaram a esse quadro. Mas, de um modo geral, seria muito melhor que as pessoas conhecessem o que pode fazer com que elas se tornem inférteis. Assim, se preveniriam desse acometimento, quando possível. A educação é muito valiosa, inclusive sobre os aspectos da saúde.

Confira algumas das possíveis causas de infertilidade:

 

– IDADE: embora a fertilidade masculina seja também afetada devido à idade, os homens continuam férteis por bem mais tempo. Já as mulheres, a partir dos 35 anos, apresentam uma queda na capacidade reprodutiva, que se acentua drasticamente depois dos 37 anos. Isso acontece porque, com o passar dos anos, a reserva ovariana da mulher diminui, isso é, o número de folículos em bom estado que restam nos ovários vão acabando. Os óvulos são produzidos ainda dentro do útero materno e a partir de então a mulher não produz novos óvulos. Assim, ao longo dos anos, com a perda que vai ocorrendo todos os meses, a reserva ovariana vai diminuindo e menos óvulos viáveis as mulheres têm. Apesar de se haver essa redução na capacidade reprodutiva, hoje existem diversas técnicas que ajudam a preservar a fertilidade, tanto para os homens, quanto para as mulheres.

 

– MAUS HÁBITOS: muitos fatores podem gerar a infertilidade masculina e feinina. Entre as razões, está o efeito de algumas doenças (como a obesidade e estresse, por exemplo) e até a prática de hábitos não saudáveis. O tabagismo, etilismo, uso de drogas, de anabolizantes e a má nutrição podem contribuir para a infertilidade. O consumo de álcool, principalmente em excesso, é extremamente prejudicial à saúde, podendo interferir na fertilidade masculina e feminina. Nos homens, os possíveis efeitos são: atrofia das células que produzem testosterona; danos causados à irrigação sanguínea para a ereção; diminuição do número de espermatozoides e interferência na qualidade dos gametas. Nas mulheres, os possíveis efeitos são: alteração dos hormônios; irregularidade do período menstrual; problemas de ovulação; quadros de infertilidade; risco de abortos.

 

ANSIEDADE: O acompanhamento psicológico, voltado para a Reprodução Assistida, é importantíssimo para apoiar as pessoas que já quiseram ter filhos e se depararam com a infertilidade. A fase do choque é normal, mas não deve pôr fim ao seu sonho de gerar a vida. A psicologia possui técnicas específicas para trabalhar as ansiedades e angústias que surgem nesse momento. O bem-estar, a autoestima e o autoconhecimento são importantes ferramentas que auxiliam corpo e mente nas tentativas de concepção – naturais ou de reprodução assistida. Se você está passando por um momento complicado assim, respire fundo, se agarre aos seus sonhos e procure apoio especializado! Tudo vai ficar bem. Não desista!

 

– OBESIDADE: Essa doença proporciona outros males, como problemas cardíacos, diabetes e a temida infertilidade – em alguns casos. Os obesos, homens e mulheres, podem apresentar um desequilíbrio hormonal que pode desencadear distúrbios em todo o organismo, incluindo o sistema reprodutivo. Os homens podem passar a apresentar espermogramas alterados. Já nas mulheres, a obesidade pode levar a ciclos menstruais irregulares, menor chance de sucesso nos tratamentos de infertilidade e aumentar o risco de abortamento e problemas gestacionais. Que tal calcular o seu Índice de Massa Corporal (IMC)? Divida seu peso pela sua altura (em metro) ao quadrado. Se o resultado for menor que 20, você está abaixo do peso ideal. Se o resultado der entre 20 e 25, seu peso está normal. Acima de 25, já indica sobrepeso. Mais de 30, é obesidade. Se o resultado for maior que 35, você tem obesidade mórbida. Combata a obesidade e o excesso de peso com alimentação balanceada e atividades físicas regulares.

 

– DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS: você sabia que, além de todas as consequências ruins para o organismo, as doenças sexualmente transmissíveis podem causar infertilidade? As DSTs que causam infecções na região pélvica, por exemplo, podem impedir a fecundação. Esse é o caso da clamídia (doença causada pela bactéria Chlamydia trachomatis). Essa doença atinge os órgãos sexuais e pode atravessar o colo uterino, causando inflamação nas tubas uterinas, prejudicando a captação dos óvulos e impedindo a formação de embriões. Por isso, é muito importante manter os exames e as visitas ao médico em dia, antes de tentar engravidar. A sífilis é outro exemplo de doença que pode impossibilitar a geração da vida. Apesar de não estar diretamente ligada à infertilidade, é comum sua associação com outras DST que podem levar à dificuldade em ter filhos. Os primeiros estágios da doença são feridas indolores nos genitais, no reto ou na boca. Quando não tratada, mesmo que as lesões se curem, pode aparecer uma segunda fase caracterizada por erupções cutâneas. Em dado momento, os sintomas desaparecem e pode ou não desenvolver o terceiro estágio (que pode aparecer anos depois), que são danos ao cérebro, olhos, nervos e/ou coração. Lembre-se que a sífilis pode ser transmitida da mãe para o feto durante a gravidez, resultando em graves sequelas na criança. A doença, quando tratada devidamente, tem cerca de 98% de chance de cura. Proteja-se. Exerça sempre o sexo seguro e em caso de suspeita, procure um médico!

 

– PRÁTICA INTENSA DE ATIVIDADE FÍSICA: A prática de exercícios exaustivos, várias horas ao dia, somada a uma dieta pobre em gorduras e carboidratos pode levar a amenorreia, ou seja, ausência de menstruação. Casos clássicos são as bailarinas e corredoras profissionais. Isso tudo somado ao estresse físico e emocional reduzem a produção de estrogênio, hormônios femininos produzidos pelo ovário. Mas nada de ficar sedentário, os exercícios e uma dieta equilibrada são muito importantes para a manter a saúde em dia.

 

Ao contrário do que muito se acredita, é um mito que o uso prolongado de pílulas anticoncepcionais causa infertilidade. A medicação não tem nenhum efeito na quantidade e qualidade da reserva ovariana, que é a verdadeira responsável pela gravidez.

 

Para saber mais sobre as possíveis causas de infertilidade ou avaliar um caso específico, é necessário realizar consulta médica com um especialista em reprodução humana.

 

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