De acordo com levantamento da Rede Latino-Americana de Reprodução Assistida (REDLARA), o Brasil lidera o ranking de países da região com mais recém-nascidos frutos de fertilização in vitro (FIV) e inseminação artificial.
Entre a década de 90 até 2016, 83 mil bebês brasileiros nasceram por meio de tratamentos de reprodução assistida. A Argentina ocupa o segundo lugar no ranking e, na sequência, o México.
Em nota divulgada pela Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA), o Brasil ocupa a primeira posição porque concentra cerca de 40% dos centros de reprodução assistida da região, além de ser o país mais populoso entre os analisados.
Continue a leitura e saiba mais sobre este recente levantamento.
Levantamento revela também uma mudança no perfil das pacientes
Ainda de acordo com o levantamento, a fertilização in vitro e a inseminação artificial correspondem a mais da metade (53%) dos procedimentos de reprodução assistida realizados pelas brasileiras.
A pesquisa indicou também uma mudança no perfil das pacientes, com aumento da procura por mulheres acima dos 40 anos.
No ano 2000, metade dos tratamentos era realizado por mulheres com idade abaixo de 34 anos. Em 2016, o percentual caiu para 28%. Por outro lado, durante esse mesmo período, a demanda pelo tratamento duplicou entre as mulheres acima de 40 anos. O percentual que era de 14,9%, atingiu, em 2016, 31%.
Saiba mais sobre a fertilização in vitro e inseminação artificial
A indicação do melhor método para cada paciente deve ser feita pelo médico especialista, após o diagnóstico das causas de infertilidade. E embora os tratamentos tenham o mesmo objetivo, cada um deles apresenta um processo e indicações específicas. Entenda as diferenças a seguir.
Fertilização in vitro (FIV)
Tratamento no qual os óvulos e os espermatozoides são extraídos, preparados e depois fecundados artificialmente, in vitro, fora do útero. O óvulo fertilizados é mantido em uma estufa e, somente depois da divisão celular, o embrião é colocado no útero da futura mamãe.
É recomendada para casos mais graves, como obstrução das tubas uterinas (que impedem a passagem dos espermatozoides), alterações no sêmen e endometriose.
A FIV também é o tratamento recomendado para casais homoafetivos que desejam ter filhos biológicos.
Inseminação intrauterina
Mais conhecida como inseminação artificial, essa técnica consiste na injeção dos espermatozóides diretamente na cavidade uterina da mulher, no dia da ovulação. O objetivo é facilitar que os espermatozóides encontrem o óvulo e aconteça a fecundação.
A inseminação intrauterina é indicada para pacientes com endometriose leve ou que apresentem alterações no colo do útero, que impedem a passagem dos espermatozoides.
O tratamento é recomendado, também, quando o homem apresenta alterações no sêmen, como espermatozoides pouco móveis ou em baixa quantidade.
É importante que os casais tentantes passem por uma avaliação detalhada para um diagnóstico preciso permitindo, dessa forma, mais chances de conseguir a gravidez.
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