Tudo sobre Fertilização In Vitro (FIV)

UM POUCO SOBRE A HISTÓRIA DA FIV

A primeira vida humana gerada por meio da fertilização in vitro (FIV) foi o bebê Louise Joy Brown, que nasceu em 25 de julho de 1978, na Inglaterra. Foi uma grande alegria para a família Brown, que tentava ter filhos há 9 anos. O que impediu a gravidez natural foi o fato de a mãe ter uma obstrução tubária, o que impossibilita o encontro entre espermatozoides e óvulos. Após muitas pesquisas científicas e tentativas, a gravidez ocorreu com sucesso, com a ajuda de procedimentos laboratoriais. Foi um sonho realizado e um marco na medicina, que, desde então, proporciona cada vez mais aperfeiçoamentos aos processos reprodução assistida. Hoje a FIV é uma das mais usuais e modernas técnicas de tratamento para infertilidade.

 

DESMISTIFICANDO A FIV

A fertilização in vitro (FIV) é um tabu para muita gente! Ainda hoje é comum casais que possuem problemas de infertilidade, estão ansiosos para terem filhos, mas se recusam a fazer o tratamento. Isso acontece, principalmente, porque a abordagem midiática que se faz, nos filmes e novelas, tornou o processo estigmatizado. Isso acabou incentivando o surgimento de muitos mitos.

 

OS 5 PASSOS DA FIV

Dentre os tratamentos de reprodução humana, o de fertilização in vitro é considerado o mais comum. Entenda todas as etapas para saber como funciona:

1 – ESTIMULAÇÃO DO OVÁRIO: a futura mamãe prepara o organismo para ovular com o auxílio de alguns medicamentos.

2 – RETIRADA DE ÓVULOS: os óvulos são retirados do organismo feminino por uma aspiração transvaginal, guiada por ultrassonografia.

3 – INSEMINAÇÃO: os óvulos extraídos passam por uma triagem. Os mais saudáveis são selecionados para receberem os espermatozoides, que também passam por uma avaliação. Os melhores gametas, masculinos e femininos, são unidos, em incubadora.

4 – CULTURA DOS EMBRIÕES: dentro de um ou dois dias, a verificação microscópica é feita, para consultar se houve multiplicação celular, proporcionada por penetração de algum espermatozoide em óvulo.

5 – REIMPLANTAÇÃO DO ÓVULO FECUNDADO: após cerca de três dias, o embrião é transferido ao útero, com a ajuda de um cateter fino. A partir desse momento é necessário aguardar, para ver se o embrião se implantará com sucesso na parede uterina, para dar sequência à gestação.

 

FIV CUSTA MUITO CARO?

Uma ideia errada que se tem é que a fertilização in vitro é um tratamento extremamente caro, portanto, inviável para muitas famílias. Isso até já foi verdade, mas atualmente tem se tornado um método cada vez mais acessível. Hoje, com mais laboratórios que dispõem dos medicamentos e mais serviços que oferecem o tratamento, o mercado ajustou os valores à realidade das pessoas. Não desista da FIV antes mesmo de ter conhecimento dos valores. Marque uma consulta com nossos especialistas, informe-se! Acreditamos que você irá se surpreender positivamente.

 

QUAL MEDICAMENTO É UTILIZADO?

As mulheres precisam se preparar para a fertilização in vitro (FIV) utilizando muitos medicamentos, que poderão ser orais ou injetáveis. Essas medicações buscam melhorar a qualidade dos gametas femininos e aumentar a quantidade de óvulos liberados pelo organismo. Um dos principais medicamentos administrados age na hipófise (glândula cerebral). Sob indução do remédio, o cérebro envia uma mensagem aos ovários para que fabriquem mais estrogênio (hormônio). Desta maneira, os níveis de Hormônio Folículo Estimulante (FSH) são elevados. Há um aumento do estímulo ovariano e, consequentemente, mais óvulos são liberados pelo organismo da mulher. A partir disso os gametas femininos podem ser recolhidos para as tentativas de geração de embriões em laboratório.

 

FIV PREVINE DOENÇAS HEREDITÁRIAS?

Previne se o diagnóstico médico pré-implantacional (PGD), um procedimento complementar à fertilização in vitro (FIV), for adotado. Esse método avalia se os embriões possuem alguma doença genética existente na família. Assim, os embriões selecionados, para a tentativa de gestação, são os que não possuem os genes potencialmente responsáveis por doenças.

 

FIV É INDICADA PARA MULHERES COM ALTERAÇÕES TUBÁRIAS?

Na atualidade, essa informação não é mais verdadeira. Nos primórdios do desenvolvimento da técnica de fertilização in vitro (FIV), o tratamento era direcionado às mulheres com deformidades ou patologias nas trompas uterinas. Mas, com o extremo desenvolvimento das técnicas de reprodução humana, hoje quase todos os casos de infertilidade podem ser contemplados pela FIV. Para saber mais sobre o tratamento e as possibilidades, consulte um médico especializado no assunto.

 

CRIANÇAS NASCIDAS POR FIV TÊM MAIS CHANCES DE AUTISMO?

Não é verdade. Não há aumento no risco de autismo para crianças nascidas com a ajuda de nenhuma das técnicas de reprodução assistida. Inclusive, como as mulheres que passarão pela fertilização in vitro (FIV) se preparam para isso, ingerindo ácido fólico e cuidando de saúde de modo geral, as chances de gestação de um bebê completamente saudável são enormes. Converse com um médico para verificar os possíveis riscos da FIV.

 

FIV E DOAÇÃO DE ÓVULOS

A ovodoação é o procedimento indicado para algumas mulheres inférteis, devido a vários motivos: – idade avançada;

– por não possuírem óvulos;

– terem uma baixa reserva ovariana;

– alteração importante na qualidade de seus gametas;

– outras causas.

Elas recebem óvulos de mulheres até 35 anos (no Brasil, isso deve acontecer de forma voluntária, anônima e sem remuneração). Os óvulos são fertilizados in vitro (FIV) com o sêmen do parceiro da mulher que recebeu os óvulos doados. Após a fertilização, os embriões resultantes desse procedimento são transferidos para o útero da futura mamãe (receptora da doação). Essa é uma das abordagens possíveis, que a FIV oferece, para gerar a vida.

 

FIV E INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL SÃO A MESMA COISA?

Muita gente se confunde e acha que as duas técnicas são a mesma coisa. Mas elas são bem distintas. Confira:

– Na inseminação artificial intrauterina, a ovulação da mulher é estimulada por meio de tratamento hormonal. A ovulação é acompanhada por ultrassonografia e no momento adequado os gametas masculinos são recolhidos, preparados em laboratório e, então, transferidos à cavidade uterina. Com essa técnica, a fecundação ocorre dentro do corpo materno, dando início à gestação.

– A fertilização in vitro (conhecida como FIV) induz a liberação de um número maior de óvulos da mulher, que é estimulada com doses de hormônio. Em seguida, os óvulos são retirados, através do procedimento de coleta ovular guiada por ultrassonografia em um bloco cirúrgico. Em laboratório, eles são unidos aos gametas masculinos. A formação de embriões ocorre fora do corpo. Posteriormente eles são transferidos para a cavidade uterina, onde deverão se implantar na parede do útero para dar sequência à gravidez. Seu médico pode orientar sobre qual é o procedimento mais adequado para o seu caso.

Para saber mais sobre o tratamento e as possibilidades, consulte um médico especializado em reprodução humana.

 

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